domingo, 28 de junho de 2009

Gaitano Antonaccio fala sobre o valor da mulher

O poeta, escritor, ensaista, conferencista e educador Gaitano Laertes Pereira Antonaccio escolheu como tema de seu Café Filosófico “O valor da mulher no mundo atual”. Gaitano, que tem mais de 90 obras publicadas abrangendo diversos assuntos, é do Amazonas, estado homenageado na 9ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto.
O autor iniciou seu Café Filosófico elogiando a estrutura e a programação da Feira do Livro, depois apresentou seu tema, mostrando como a mulher até o século XIX era excluída do processo de geração de conhecimento. Gaitano, fez ainda um paralelo com o poder adquirido pela mulher na atualidade: de excluída no século XIX, chega ao século XXI como protagonista. O autor citou inclusive uma pesquisa realizada pelo SEBRAE que aponta que 52% dos novos negócios iniciados em 2008 eram comandados por mulheres.

Apresentador do Globo Rural no Salão de Idéias

José Hamilton Ribeiro contou aos presentes no Auditório Meira Junior “causos” sobre sua vida e carreira. Muito calmo e despojado, o jornalista arrancou gargalhadas da platéia a cada frase. Ele contou curiosidades do processo de seleção das músicas de seu livro Música Caipira – as 270 maiores modas de todos os tempos. Como quando foi questionado sobre o fato de uma certa canção estar fora da lista. “É possível que tenha ficado algo bom de fora. Mas garanto que não entrou nenhum bagulho”, brincou Hamilton. Nesse clima de descontração, ele conquistou rapidamente o público. O jornalista falou sobre a época da revista “Realidade”, sobre os programas da rede Globo (Globo Repórter e Globo Rural) e também sobre quando veio trabalhar num jornal em Ribeirão Preto. “Foi a época em que estavam trocando a impressão tipográfica pelo off-set. Eu acabei levando o mérito desse avanço” ironizou, fazendo novamente a platéia cair na risada. Hamilton deixou claro, com seu humor sutil, a importância do trivial, do simples, do humano. “Não existe espetáculo maior para o homem do que o homem”, afirmou, convicto. “Ou a mulher”, completou o jornalista.

Cora Coralina e Semiotica são assuntos discutidos na 9° Feira Nacional do Livro

Marlene Gomes de Vellasco, diretora do Museu Casa Coralina, homenageada da 9ª Feira Nacional do Livro, participou na tarde de sábado do Café Filosófico junto com Maria Eugênia Curado. Marlene que é especialista na homenageada, contou um pouco sobre a vida de Cora Coralina e afirmou que pelas pesquisas que foram feitas pelo Museu, o 1° conto de Cora foi publicado em 1900, quando a escritora tinha apenas 10 anos.

Logo depois disso, Cora lançou junto com mais duas amigas um jornal em sua cidade natal. “Cora nasceu em uma casa de literatura, seu pai e sua mãe eram muito ligados ao mundo das letras”, informou Marlene.

Maria Eugênia Curado, doutora em Comunicação e Semiótica e pesquisadora das relações entre a linguagem verbal e não-verbal com ênfase no diálogo da literatura com outras linguagens, também participou da discussão sobre a obra de Cora.

Marcelo Mirisola não permitirá segunda edição de "Proibidão"

“Depois de ler Trópico de Câncer, eu parti para ação e comecei a escrever”, foi assim que Marcelo Mirisola iniciou o seu Salão de Idéias neste penúltimo dia de feira.

O escritor de contos, crônicas, romances e peças teatrais, que em 2008 lançou sua obra mais polêmica, “Proibidão”, contou que não deixará a segunda edição ser publicada. “Quem tem o livro, tem que guardar com muito cuidado, eu não vou permitir que saia a segunda edição.

O autor é colunista da revista “Sexy” e colaborador de várias revistas, sites e jornais brasileiros.

sábado, 27 de junho de 2009

SOBRADO 112 ESQUENTA A PENÚLTIMA NOITE DA 9 FEIRA NACIONAL DO LIVRO

A penúltima noite da 9 Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto foi marcada pelo boa música. Abrindo a noite os meninos da banda Sobrado 112 tocaram o melhor do hip hop, samba-rock, rock e funk. Uma verdadeira degustação de boas sonoridades.
Pela primeira vez na Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto os integrantes da banda Sobrado 112 falaram sobre a experiência. “ Ficamos muito felizes com o convite e estamos ansiosos pelo show. È um lugar inspirador a Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto. Adoramos show a céu aberto”, finalizou Victor Gotardi, vocalista da banda.

Autor de “Meu nome não é Johnny” no Salão de Ideias.

O auditório Meira Junior recebeu Guilherme Fiúza nesse sábado, às 15 horas. O autor do polêmico livro que deu origem ao filme estrelado por Selton Mello, "Meu nome não é Johnny", falou sobre sua trajetória profissional, sobre o processo de adaptação do livro para o roteiro, sobre a repercussão na mídia e sobre tráfico e consumo de drogas.
Fiúza trabalhou no “Jornal do Brasil”, foi editor de política no “O Globo” e editava um site quando resolveu escrever a história de João Guilherme Estrella, o Johnny. “Sempre gostei de redação e estava cansado de reescrever textos dos outros. Aí me veio a idéia de escrever um livro”, contou, explicando o processo de negociação com João Estrella. “Quando ele disse que sim, eu achei que era mais uma loucura dele, que desistiria depois de um mês”, disse. “Recuei, deixei passar uns três meses e voltei a procurá-lo. E aí, vamos fazer? Foi a resposta dele”.
O escritor admitiu que as vendas do livro subiram após a repercussão do filme, e discutiu dificuldades acerca da adaptação do roteiro. “A idéia era sempre reproduzir o livro e às vezes isso fica artificial”, explicou.
Guilherme também falou sobre a escolha de produtores. “A Marisa Leão desenhou uma casa e dividiu em dois. Em cima, um pai doente. Embaixo, o filho fazendo festa”, contou Fiúza, mostrando que a produtora tinha em comum com ele o mesmo olhar sobre o livro.
As perguntas da platéia deram a oportunidade de discutir assuntos polêmicos. Perguntado sobre o dilema ético de escrever um livro que possivelmente estimulasse o consumo de drogas, Fiúza disse que não temeu criar um “traficante gente fina”: “Eu não escrevi uma história para passar mensagens sociais. Se existe uma história humana, de alegria, de tristeza, de dor, de arrebatamento, eu estou lá pra contar”, disse.
A coordenadora de ensino médio de um colégio contou que sugeriu a exibição de “Johnny” para seus alunos, e foi voto vencido, pela questão da glamourização do tráfico. Fiúza opinou, dizendo que cair no clichê do tabu não funciona, e que várias escolas do Rio de Janeiro incluíram o livro em suas grades. O método tradicional de tratar sobre drogas não vem mostrando eficácia. “Às vezes a gente subestima a inteligência da garotada”, argumentou.

Cantora Ná Ozzetti encanta platéia na Feira do Livro

Lotado, foi assim que ficou o Theatro Pedro II na apresentação da cantora Ná Ozzetti, que deu um show de simpatia, encanto e beleza ao som das músicas em homenagem a Carmem Miranda, seu mais novo projeto, chamado “ Balangandãs”.
A cantora juntamente com seus músicos Dante Ozzetti, Mário Manga, Sérgio Reze e Zé Alexandre Carvalho buscaram apresentar a essência da obra da artista e com muitos aplausos conseguiram atingir o objetivo.
"Balangandãs" traz canções de Assis Valente (Camisa Listada, Recenseamento), Synval Silva (Adeus Batucada, Ao voltar do samba), Ary Barroso (Na batucada da vida), Dorival Caymmi (A preta do acarajé) e Braguinha (Touradas em Madri), entre outros.