Foi assim, embalado nessa cadência e nesse caldeirão de informações, que aconteceu hoje (22) no Pinguim Cultural, a palestra Caros Amigos, cujo palestrante foi o compositor e escritor Mc Leonardo. O artista que nasceu na favela da Rosinha no Rio de Janeiro e desde os 17 anos compõe e canta funk, considera o estilo a maior expressão carioca, além de ser a solução cultural da favela.
“O funk traz uma linguagem musical, elaborada por ela mesma, dentro do cotidiano da favela. Hoje ela é totalmente produto 100% nacional, não há em sua composição elementos do drum n´ bass americano. Mas infelizmente o funk de raiz está sendo perseguido, um exemplo, é a lei sancionada de autoria, do ex-deputado e ex-policial civil Álvaro Lins, que proíbe o baile funk nas favelas do Rio de Janeiro”, afirma Mc Leonardo.
O músico ainda comentou que o mercado fonográfico está nas mãos de poucas pessoas e que o governo deveria investir, no ritmo carioca, como uma solução cultural dentro das favelas e não empurrar cada vez mais o funk para a marginalidade.
"Há um preconceito com a linguagem, gíria e estética do funk, mas o que as pessoas precisam saber, e não sou eu quem diz, e sim uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, que o funk carioca, emprega cerca de 10 mil pessoas, que acontecem mais de 300 bailes por semana e movimenta 12 milhões de reais por mês, mas infelizmente não temos um trabalho social dentro das favelas e está tudo concentrado nas mãos do Dj Malboro e do Rômulo Costa, dono da Furacão 2000”, conclui o artista.
Toda essa polêmica em torno do funk carioca, do mercado fonográfico e da questão da realidade das favelas carioca, estará na edição de julho, da Revista Caros Amigos, onde Mc Leonardo escreve há um ano.
www.funkderaiz.com.br
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