O Café Filosófico com o lingüista amazonense Sérgio Augusto Freire, na segunda-feira (22) no período da tarde, foi marcada pelo imprevisível da linguagem. Autor de Conhecendo a Análise do Discurso, Freire fez um discurso sobre a língua como algo além de sua norma gramatical, como algo pautado pelo discurso ideológico no qual o sujeito se insere.
Sempre polêmico, para provocar o pensamento, Freire criticou os defensores da gramática da língua portuguesa, como professores na mídia que defendem a maneira “correta” do português, dizendo que existem outros tipos de discurso que também são portugueses.
O discurso se aproximou muito das teorias psicanalíticas, já que, segundo Freire, quando falamos dizemos sempre outras coisas no que vai sendo dito. Textos poéticos do próprio Freire e de outros autores complementaram o discurso, como um poema de Manoel de Barros, que mostra como a língua é paradoxal: “Existe mais presença em mim o que me falta”.
“Existem outras linguagem que estão funcionando além do discurso. O enunciado, a fala do sujeito, não muda necessariamente o discurso, que por vezes é contraditório, fazendo com que o discurso fique paradoxal ao sentido do que ele pretendia alcançar”, argumentou Freire.
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